2011-03-19

A Educação n' OS MAIAS

A problemática da educação é expressa na obra través da representação de modelos educacionais opostos:

→ a educação tradicional portuguesa
→ e a educação inglesa


Estes dois tipos de educação estão representados na oposição Eusebiozinho/Carlos.


Educação à portuguesa representada por:


  • Eusebiozinho (note-se o recurso ao diminutivo):

 em menino era trombudo, mole, amarelo,

→ tristonho, fraco, sem vontade própria;

→ menino prodígio, mas apático


 em adulto revela-se o fruto de uma educação castradora:

→ a nível moral, um corrupto (sempre metido em lupanares)

→ a nível físico, um tísico, molengão, fúnebre, cobarde, em quem a mulher bate



A educação de Eusebiozinho assemelha-se à de Pedro, tradicional e conservadora:

 educação católica, a que se dá o primado à cartilha

 aprendizagem do Latim

 recurso à memorização(decorava páginas inteiras do catecismo)

 vivia sem contacto com o ar livre

 sempre debaixo das saias das mulheres
Em suma, esta educação desvalorizava a criatividade e o juízo crítico.



Efeitos deste tipo de educação:

→ gera seres moralmente fracos

→ melancólicos

→ sem vontade própria

→ incapazes de enfrentar os revezes da vida(Pedro suicida-se)


Educação à inglesa, representada por Carlos:

 banhos de água fria
 contacto com a natureza

 exercício físico

 aprendizagem de línguas vivas

 desprezo da cartilha

 e do conhecimento exclusivamente teórico


Efeitos em Carlos:

→ em menino era brigão

→ em adulto, um ser materialista, narcisista e pedante, “um falhado”


Está presente nesta obra a perspectiva naturalista, segundo a qual a educação influencia e molda o carácter dos indivíduos.





Qual a tese defendida pelo autor?

1. A educação portuguesa tacanha e medíocre gera indivíduos fracos a nível moral e físico

2. a educação de Carlos seria o modelo a adoptar para efectivamente o país sair do marasmo , da estagnação em que vivia

Todavia, esta educação falha. Porquê?

 por influência do meio, pelo próprio temperamento de Carlos, o tal temperamento meridional do “dolce farniente” (e também por factores hereditários) – ver teoria de vida de Carlos nas págs 714-715

1 comentário:

Joana disse...

Bastante resumido e concreto. Bom para quem precisa de uma explicação rápida.